quarta-feira, 8 de junho de 2011

A teoria da relatividade sem o postulado da constância da velocidade da luz

O princípio da relatividade pode ser lido do seguinte modo:
As leis físicas deverão ser as mesmas quer para um observador fixo, quer para um observador animado com uma velocidade uniforme de modo que não tenhamos nem possamos ter um meio para discernir se nos encontramos ou não animados de um tal movimento.

Este princípio indica que existe uma espécie de equivalência entre sistemas de referência que se movem entre si com velocidades uniformes e estão relacionados por intermédio de uma lei de transformação cinemática. O conjunto de tais transformações deverá constituir um grupo. Com base nesta observação e no princípio da homogeneidade e isotropia do espaço-tempo, V. Lalan mostrou que as únicas leis de transformação que preservam o futuro dos acontecimentos e estão de acordo com todos estes princípios são a transformação de Lorentz e a de Galileu.
Tal prova, apesar de não ser a primeira (realizada por Woldemar Iatowsky em 1910) parece ser suficientemente simples para ser seguida e compreendida. Deste modo, o princípio da constância de velocidade da luz (postulado fundamental que assenta num fenómeno particular) torna-se supérfluo.

Completei uma tradução do artigo de V. Lalan em "Sobre os postulados que estão nas bases das cinemáticas",

Sobre os postulados que estão nas bases das cinemáticas